OPINIÃO: SORI MANÉ CHEGA AO MOREIRENSE COM SELO DE QUALIDADE
Com passagem pela formação da Sampdoria, esteve duas épocas no Olhanense antes de se mudar para Almada no verão de 2017. Depois de uma temporada na sombra de Soares, que se transferiu para o Arouca, pegou de estaca, alternando entre o eixo defensivo e a posição mais recuada do meio-campo.
Muito possante (1,87 m) e com moral para dar ordens aos companheiros apesar da tenra idade, utiliza o corpo para ganhar bolas divididas pela relva ou no jogo aéreo, mas é muito mais do que um destruidor de jogo. Tanto numa uma como noutra função exibe características de jogador de equipa grande, ou seja, capacidade para sair a jogar e segurança no passe vertical. Não se limita a jogar passar para o lado e para trás nem a despejar bolas na frente, bem pelo contrário. Sabe queimar linhas através do transporte de bola, jogar apoiado e variar o centro do jogo com qualidade.
Com alguma naturalidade, foi titular nos 33 encontros que disputou pelo Cova da Piedade na época passada e nas três partidas da Guiné-Bissau na Taça das Nações Africanas que se disputou neste verão e foi mesmo o principal destaque dos djurtus no torneio. À frente da defesa, desempenhou um papel idêntico ao do clube, atirando Pelé para terrenos mais adiantados.
Em novembro do ano passado disse aqui que o jogador não iria durar muito tempo no emblema almadense e agora confirma-se. Se o treinador Vítor Campelos acreditar nele e incutir um modelo de jogo alicerçado pela relação com a bola, conforme deu a entender aquando da sua apresentação, arrisco dizer que Sori Mané estará em Moreira de Cónegos apenas de passagem.
Autoria de David Pereira