HUMBERTO TAVARES- “BENFICA QUER ROUBAR JOGADOR DO FC CANCHUNGO, MAS ISSO NÃO VAI ACONTECER”
O vice-presidente do FC Canchungo, Humberto Tavares, denunciou hoje “19.03” que o Sport Bissau e Benfica quer adquirir o passe do seu jogador de forma abusiva, e referiu, por outro lado, que isto tem sido a prática recorrente do clube encarnado, sobretudo nos últimos dois anos, onde tem tido aval da Federação e da Liga.
Tavares falava numa conferência de imprensa realizada em Canchungo, para denunciar aquilo que considera de “abuso” por parte do Sport Bissau e Benfica “campeão em título”, e Sporting Clube de Bafatá, clubes nacionais que integraram os jogadores dos lobos nos seus planteis, sem informar o clube nortenho.
“Caso do Calu, ele trouxe uma carta, chegou e disse que Benfica lhe deu uma carta de pedido [da desobriga], ligou-me e eu estava a caminho de Bissau e me disse que queria voltar naquele dia“, referiu Tavares para depois dizer que não podia cancelar a viagem já em andamento, para voltar na altura para tratar o assunto do jogador.
Para Humberto Tavares, não devia ser o Calu a levar a carta ao clube de Canchungo para pedir o seu documento e considera o procedimento de vergonhoso. “Isto é vergonha, onde está a instituição? Este assunto deve ser tratado de instituição para instituição, Benfica é uma instituição, Futebol Clube de Canchungo é uma instituição e Federação de Futebol da Guiné-Bissau é uma instituição, portanto todo o assunto a ser tratado, pode ser verbalmente, mas tem que ser formalizado por escrito para ficar como registo, porque pessoas passam e documentos ficam e falam em nome da instituição, é assim que queremos que o futebol nacional funcione“.
Tavares disse, por outro lado, que alguns jogadores do FC se transferiram para a UDIB de forma fantástica, onde o processo foi tratado tudo por escrito, mas o Benfica quer roubar o jogador e isto não vai acontecer, porque ambos os clubes têm os mesmos direitos e deveres, apesar do clube encarnado ter as suas amizades e conivências na federação, mas isto não interessa os Lobos, e o que realmente importa são as leis.
“Fomos mal tratados nos outros momentos, mas sofremos porque não queríamos tirar a má imagem do futebol nacional, mas percebemos que quer-se abusar do Futebol Clube de Canchungo, e quer-se fazer do Clube de Canchungo da “Joana”, onde cada um faz o que quiser e isto não vai acontecer porque desta vez vamos “bater a mão na mesa”, seja em qualquer instância“, considerou Tavares que antes referiu que os processos do Calu, tanto do Gil e Saliu, será acompanhado a par e passo, e caso não houver resposta satisfatória, o clube recorrerá às outras instâncias.