Uma das referências no setor de arbitragem guineense Leopoldina Ross Dayves desafia as mulheres para se ingressarem na arbitragem, apelando os que já exercem esta actividade a trabalharem para superar os feitos que ela conseguiu.
“Não entendo a razão das mulheres guineenses a dizerem que a arbitragem é um trabalho somente para os Homens“, começou por falar Leopoldina Ross numa entrevista exclusiva ao portal desportivo FUT 245, para de seguida afirmar que foi muito determinante em trazer muitas mulheres para o setor de arbitragem guineense.
“Sinto-me que fui determinante em trazer muitas mulheres para arbitragem, porque só fazendo curso do profissional em Educação Física e Desportos pela Escola Nacional de Educação Física e Desportos (ENEFD), não quer dizer que pode ser considerada arbitra. Por isso, expliquei à elas que era preciso que fizessem o curso de arbitragem para ingressarem nesta fileira e, hoje, graças à Deus temos muitas mulheres jovens na arbitragem guineense“, falou Dayves.
Ross como é vulgarmente chamado, desafia por outro lado as mulheres deste setor de arbitragem no sentido de superarem os feitos dela na arbitragem nacional.
“Quero ver agora árbitra que possa superar os meus feitos na arbitragem guineense, por isso, lancei um desafio a elas que os meus equipamentos e apitos estão todos guardados e, os mesmos serão dados como prêmio a quem conseguir ultrapassar as minhas marcas no setor de arbitragem nacional”, prometeu.
Importa referir que Leopoldina Ross Dayves é uma das primeiras mulheres a abraçar a fileira de arbitragem guineense, mostrando perante os Homens que as mulheres também podem contribuir para este setor do futebol guineense.
Além de curso de arbitragem, Leopoldina Ross foi atleta de luta livre antes de formar em Educação Física e Desportos pela Escola Nacional de Educação Física e Desportos ENEFD e, foi igualmente treinadora do tricampeão africana de luta livre Augusto Midana nos jogos olímpicos do Rio de Janeiro em Brasil.
Atualmente Leopoldina Ross Dayves é membro do comitê executivo da federação de futebol guineense e exerce igualmente função de coordenadora do futebol feminino nesta instituição.
Braima Sadjó