SADIO MANÉ QUEBRA INVENCIBILIDADE DE BACIRO CANDÉ NO ESTÁDIO 24 DE SETEMBRO
A Guiné-Bissau voltou a perder hoje, 15 de novembro de 2020, frente ao Senegal em Bissau, graças ao golo solitário de Sadjo Mané que quebrou, a invencibilidade de Baciro Candé no Estádio nacional 24 de setembro desde 2016. O jogo contava para quarta jornada de fase qualificação para a Taça das Nações Africanas (CAN2022), a disputar-se nos Camarões.
Um resultado que pode comprometer a terceira participação consecutiva da seleção nacional no próximo CAN, caso o Congo vença amanhã, 16 de novembro, a seleção de Essuatíni na mesma jornada.
Este resultado, além de complicar apuramento dos Djurtus, o golo do atacante senegalês, que joga pelo clube de Liverpool, quebrou a tradição do mister Candé de não perder em casa, desde que voltou a assumir o comando da equipa técnica em 2016.
Os Djurtus entraram na partida com objetivo de alcançar pontos nesta jornada de qualificação, porém, não conseguiram realizar uma grande primeira parte do desafio e tiveram apenas uma oportunidade de fazer golo aos 5 minutos do tempo inagural, através do atacante Piquete.
Embora seja uma primeira parte um pouco equilibrada, a seleção senegalesa teve duas oportunidades para fazer golo por intermédio do seu capitão, Sadjo Mane, aos 15 e 28 minutos. Um resultado que separou as duas equipas nos primeiros 45 minutos do jogo.
Na segunda parte, houve subida do rendimento da equipa nacional, com trocas no meio campo para transição, mas o adversário, o Senegal, conseguiu penetrar, porque soube controlar minuciosamente os atacantes da seleção nacional.
Aos 60 minutos do desafio, a Guiné-Bissau teve a oportunidade de abrir o marcador na sequência de um pontapé de canto cobrado por defesa central, Marcelo Djaló, mas o guardião senegalês, Eduard Mendy, fez uma grande defesa e impediu os guineenses sooharem.
Três minutos depois deste grande cabeçamento de Djaló, chegou o momento que comprometeu a equipa orientada por Mister Candé, o árbitro expulsou o médio guineense, Bura, que recebeu segundo amarelo e consequente vermelho. A partir deste momento o Senegal tomou conta da partida e aos 80 minutos chegou ao golo por Mané.
Candé fez várias alterações, fazendo entrar Alexandre Mendy, Jorginho e João Jaquité, mas nada modou durante toda a partida.
Com esta Vitória em Bissau, a Seleção senegalesa esta praticamente apurada para o CAN, graças a quatro vitórias consecutivas, enquanto a Guiné-Bissau só tem três pontos e está na terceira posição do grupo I.
Em reação, o Selecionador Nacional, Baciro Candé, afirmou que não falhou em termos técnicos e táticos e atribui a derrota à inferioridade numérica dentro de quatro linhas durante 35 minutos do jogo, após expulsão do Braima Candé (Bura). Mister Candé sublinhou que na primeira parte os Djurtus tiveram ocasiões para marcar golos, mas não aconteceu e a equipa adversária caiu só uma vez na linha lateral marcou o único golo da partida.
O coach dos Djurtus admitiu que houve infelicidade com a expulsão do meio campo guineense, reduzindo a equipa nacional a dez unidades durante 37 minutos e três minutos do desconto “isso condicionou bastante, mas os atletas não baixaram braços”.
“Falhamos golos evitados pelo guarda-redes da equipa adversária, não é por acaso que está a jogar na equipa de Chelsea. Tentamos fazer tudo para que pudéssemos pontuar nesse jogo, mas não conseguimos e compreendo muito bem o desgasto físico que os jogadores tiveram, portanto tudo está feito”, notou.
Questionado se com essa derrota o apuramento da seleção nacional está comprometido, Baciro Candé disse que não porque “restam ainda seis pontos para disputar e com nove pontos a seleção pode apurar-se.
O selecionador do Senegal, Aliu Cisse, não prestou nenhuma declaração à imprensa e nem tão pouco apareceu na sala de conferência de imprensa.
As duas outras seleções, Congo e Essuatíni, que fazem parte do grupo I, jogam amanhã. Congo tem seis pontos e Essuatíni com 0 pontos. Em caso da vitória da seleção do Congo, amanhã, frente à seleção a Essuatíni, seleção menos poderosa do grupo, poderá comprometer as aspirações dos Djurtus na maior competição de futebol africano.
De lembrar que foi neste mês de novembro que o país assistiu o regresso dos jogos ao apuramento para o CAN, isto há cerca de um ano, após os derradeiros jogos que foram realizados em 2019.
Por: Alison Cabral/Aguinaldo Ampa
O DEMOCRATA GB