CALILO MANÉ ARRASA DIRIGENTES E JOGADORES APÓS DERROTA DOS BALANTAS
Técnico falou de uma dinâmica falhada do campeonato nacional, sobretudo, na segunda volta
O treinador principal do Clube de Futebol Os Balantas, lançou duras críticas aos dirigentes do futebol nacional, árbitros e jogadores, após a derrota da sua equipa por (3-0), frente ao Sporting CGB, no jogo de cumprimento da ronda 25 do Campeonato Nacional da Primeira Divisão, realizado no Lino Correia.
Aos jornalistas no final da partida, Calilo Mané, apontou o dedo à Liga de Clubes, à Federação de Futebol da Guiné-Bissau, ao Conselho de Arbitragem, aos dirigentes dos clubes e até aos próprios jogadores.
“Estou muito triste pelo estado do nosso futebol. Quando os treinadores deixarem de ter vontade de treinar, creio que o nosso futebol deixará de existir. Todos vemos o que está acontecendo, mas fingimos que não. Há quem realça o trabalho da Federação de Futebol, mas a verdade é que o nosso campeonato perdeu a sua dinâmica, principalmente nessa segunda volta“, lamentou.
Calilo Mané, criticou ainda atitude dos dirigentes dos clubes com o atual panorama do futebol, os que, no seu entendimento, são culpados pelo estado atual do futebol nacional.
“Quando não há competitividade, o nosso futebol perde. Os dirigentes parecem estar totalmente conformados com esta situação. Não temos, na verdade, dirigentes com ideias claras para desenvolver o futebol jovem e, a única coisa que lhes satisfaz é estarem ao lado da Federação pelos seus próprios interesses“, atirou.
Jovem técnico, foi ainda mais longe e acusou o Conselho de Arbitragem de decisões injustas que prejudicaram diretamente a sua equipa ao longo da época. Treinador disse que houve jogos em que a sua equipa foi claramente prejudicada por decisões de arbitragem que acabou tirando pontos ao seu conjunto.
Além disso, mister Calilo criticou também a falta de “profissionalismo” e de ambição dos próprios jogadores nacionais.
“Ser treinador de futebol na Guiné-Bissau é uma das tarefas mais difíceis e, 98 porcento dos jogadores não têm objetivos claros. Se não receberem os seus incentivos na hora, desistem logo. Isso acaba sobrecarregando os treinadores, que em maioria das vezes trabalham com plantéis reduzidos durante a semana“, revelou.
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