EL HADJI MANÉ QUER REPRESENTAR A SELEÇÃO DA GUINÉ-BISSAU
Jogou nas seleções de base do Senegal, mas ambiciona jogar pelos Djurtus
O médio esquerdo de origem guineense, El Hadji Bacary Mané, nascido em Ziguinchor, zona Sul do Senegal, que atualmente joga no FK Auda do primeiro escalão de futebol da Letonia, mostrou-se disponível para representar a Seleção Nacional da Guiné-Bissau, caso for opção de Luís Boa Morte para os próximos jogos dos Djurtus.
Mané sustenta que caso seja convocado pelo selecionador da Guiné-Bissau, Luís Boa Morte, irá defender as cores nacionais com toda a motivação e determinação.
Em entrevista exclusiva ao portal O Golo GB, El Hadji Mané, formado no Diambars FC de Saly do Senegal, manifestou a sua total disponibilidade para representar a Seleção Nacional da Guiné-Bissau (Djurtus) e para mudar a sua carreira internacional a nível da seleção, preferiu a Guiné-Bissau, apesar ter tido já representado diferentes escalões dos Leões de Teranga.
Qual é o motivo que o levou a escolher representar a Seleção da Guiné-Bissau em vez da do Senegal, depois de representar diferentes escalões da seleção senegalesa?
El Hadji Mané: Eu escolhi representar os Djurtus, porque tenho uma ligação pessoal e familiar muito forte com a Guiné-Bissau. É um país que faz parte da minha identidade, e sempre senti um apego especial pelas suas cores. Representar a Guiné-Bissau, para mim, é uma forma de homenagear as minhas origens e de contribuir para o sucesso de uma nação que me é tão querida, mesmo tendo nascido no Senegal. É semelhante a um Bissau-guineense de origem que nasceu em Portugal ou na França, e acredito que tenho a vantagem de ter nascido em Ziguinchor, uma cidade que ainda mantém esse vínculo que os nossos antepassados tinham.
Será que acompanhas as actualidades da Seleção Nacional da Guiné-Bissau?
El Hadji Mané: Sim, sigo regularmente as novidades dos Djurtus, que acho muito interessantes. Estou interessado no seu percurso, nos jogos e na evolução dos jogadores também. Estou sempre atento ao desempenho da equipa em cada jogo, e sinto-me cada vez mais próximo desta seleção, que é uma equipa promissora. Ela não só precisa se qualificar para a próxima Copa Africana das Nações e fazer melhor do que nas edições anteriores, mas também, quem sabe, se qualificar pela primeira vez para a Copa do Mundo. Eu também acompanho as performances de Franculino Djú, Carlos Mané, e Mama Baldé, que é um atacante muito bom e de quem eu gosto bastante. Acompanho as performances de muitos jogadores e acho o elenco muito interessante.
Já entrou em contactos com a estrutura da equipa técnica dos Djurtus sobre a sua disponibilidade de representar a Seleção da Guiné-Bissau?
El Hadji Mané: Ainda não tive a oportunidade de conversar com membros da equipa técnica ou da Federação de Futebol da Guiné-Bissau. No entanto, já exprimi aos meus familiares e a alguns jornalistas guineenses o meu desejo sincero de integrar a seleção. Estou totalmente preparado para responder ao chamado do selecionador, e espero, com otimismo, que um dia essa oportunidade chegue. Deixei claro a minha total disponibilidade e motivação para representar este país que tanto significa para mim. Acredito que, se o treinador julgar que posso contribuir para a equipa, terei a chance de vestir as cores da Guiné-Bissau.
Qual é a sua ambição ou sonho com a Seleção da Guiné-Bissau, caso você for convocado por Luís Boa Morte?
El Hadji Mané: O meu maior sonho é contribuir de forma significativa para o crescimento e sucesso da Guiné-Bissau no cenário internacional, levando o nome do país a patamares mais altos no futebol. Representar a Guiné-Bissau em competições importantes, como a Copa Africana das Nações, seria uma honra indescritível, mas o meu objetivo vai além disso. Quero não só ajudar a seleção a se qualificar e ter um desempenho melhor do que nas edições anteriores, mas também ser parte de uma geração histórica que consiga, pela primeira vez, levar a Guiné-Bissau ao Campeonato do Mundo.
A minha ambição é defender as cores do país com toda a minha determinação, comprometimento e orgulho, e deixar um legado positivo. Quero inspirar as futuras gerações de jogadores guineenses, mostrar que, com trabalho e dedicação, é possível sonhar grande. Acredito que, com o esforço coletivo e a união de todos, a Guiné-Bissau pode se destacar no futebol internacional, e espero contribuir para esse capítulo vitorioso da nossa história.
Uma vez que nasceu e cresceu em Ziguinchor como manteve sua ligação com a Guiné-Bissau?
El Hadji Mané: Embora eu tenha nascido em Ziguinchor, que fica perto da fronteira com a Guiné-Bissau, um local que compartilha uma história particular com este país, mantenho-me profundamente ligado às duas culturas, sem esquecer a terra dos meus ancestrais. Sempre mantive um vínculo muito forte com a Guiné. Cresci imerso na cultura, nas tradições e nos valores que os dois países partilham. A Guiné faz parte da minha história familiar, e é um orgulho para mim poder representá-la em campo.
El Hadji Mané, de 23 anos, é um extremo muito rápido que atua como ala esquerdo e direito, tem uma capacidade e explosão muito fantástica, acompanhado com bons dribles, e tem remates certeiros com pé esquerdo com selos de golos direcionada às balizas.
Saliente-se que Mané representou a seleção do Senegal desde as camadas de Sub’15, Sub’17, Sub’20 e Sub’23 do Senegal, assim como a seleção principal local dos leões de Teranga.
Segundo os dados estatísticos na posse da redação de O Golo GB, El Hadji Bacary Mané, de 23 anos, já conta com 22 partidas disputadas, 3 golos marcados e 1 assistência até neste momento nesta edição da “Virsliga 2024” da Letónia. Enquanto que na qualificação para a Liga Conferência da UEFA disputou 6 partidas e tendo feito uma assistência.
©️ O Golo GB