Continua braço de ferro entre os dirigentes da instituição reitora do futebol guineense
Em contagem regressiva para o pleito eleitoral na Federação de Futebol da Guiné-Bissau, surge cada vez mais, denúncias sobre a gerência dos fundos na instituição gestora do “Desporto-Rei” na Guiné-Bissau.
Desta vez, é o vice-presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau e igualmente responsável para área de licenciamento, Bonifácio Malam Sanhá, que pediu o esclarecimento sobre a proveniência e a utilização dos fundos.
A posição de Bonifácio Sanhá, foi revelada esta segunda-feira (06-05), aos jornalistas na saída de audição no Ministério Público, à margem da carta aberta entregado pelos 11 clubes nacionais ao ministério público.
Na referida carta, clubes exigiram um esclarecimento à federação de futebol sobre a utilização dos fundos recebidos e as suas providências.
Aos jornalistas, Bonifácio Malam Sanhá, assegurou que não está contra ninguém, mas quer que o povo guineense tenha uma explicação da forma como os fundos foram utilizados pela federação de futebol.
“Estou aqui para responder à solicitação do ministério público sobre a carta aberta entregado pelos clubes que estão a exigir o esclarecimento da utilização dos fundos. Fiz à medida da minha possibilidade e do meu conhecimento para ajudar a esclarecer e colaborar no que for necessário. Pensamos que é desta vez e precisamos todos de um futebol competitivo e de uma boa gestão para o crescimento do futebol guineense“, começou por explicar.
Perguntado se, no seu ponto de vista, há indícios de desvio de fundos na federação de futebol, Sanhá respondeu que cabe ao ministério público apurar a veracidade dos pontos elencados na referida carta aberta.
Na opinião de Bonifácio, a situação em causa deve ser de interesse de todos os guineenses, para terem a plena certeza se o futebol nacional está tendo uma gestão transparente e competente.
Bonifácio Malam Sanhá, aproveitou a ocasião para esclarecer que não está contra ninguém e nunca fez denúncia contra alguém, porém exige apenas o esclarecimento.
“Não denunciamos ninguém e, o que fizemos até aqui, é apenas um pedido de esclarecimento sobre a gestão de fundos. Entregamos várias cartas ao presidente da federação, pedindo explicações da gerência dos fundos e acho que isso é normal. Não pedimos demissão a ninguém, porque não é o que queremos nessa altura“, contou Sanhá.
Responsável para área de licenciamento de clubes, assegurou que não é da sua intenção, tal como dizem nos “bastidores” sobre a continuidade ou não de Caíto Teixeira a frente da federação de futebol, tendo lembrado que sabe muito bem da forma como o Caíto Teixeira chegou à presidência dessa instituição federativa.
Lembra-se que um grupo de clubes da primeira e segunda divisão, entregaram no mês passado, uma carta aberta à Federação de Futebol, à Polícia Judiciária e ao Ministério Público, pedindo esclarecimento da gestão dos fundos recebidos pela entidade que tutela o futebol nacional.
No último congresso realizado no mês passado, arredores de Bissau, clubes e associações desportivas filiais da federação, escolheram o dia 29 de Junho próximo para a realização da eleição à presidência da Federação.
Refira-se que na semana finda, a comissão eleitoral anunciou oficialmente que as candidaturas para o referido escrutínio, estão abertas.
Braima Sadjó