DJURTUS NA DIÁSPORA

SERIFO CASSAMÁ HOMENAGEADO EM PORTUGAL PELO LEÇA FC

Serifo Cassamá, hoje com 55 anos, foi homenageado na grande vitória do Leça sobre o Arouca, decidida nos penáltis, seguindo como tomba-gigantes na Taça de Portugal. O avançado entrou no campo ao lado da equipa e foi tributado pelos adeptos que o reconhecem como jogador mais emblemático da história do clube, história essa que também atravessou os relvados da 1.ª Divisão, quando a equipa matosinhense atingiu a elite nacional, morando entre os melhores de 1995 a 1998.

Três campanhas que encerraram com uma descida administrativa, que feriu o orgulho leceiro, desde então muito distante dos patamares de excelência. Mas os 16 anos de Serifo num abrigo futebolístico junto ao mar mereceram a devida honra e foram acompanhados de um sucesso estrondoso que devolveu o Leça às capas dos jornais. É caso para dizer que Serifo, aos 55 anos, foi reforço de peso, incendiou as bancadas com a sua presença e inspirou todos no campo. Que a proeza se repita com o Gil Vicente, sorteado como próximo adversário na Taça de Portugal.

«Acho que inspirei a equipa! Todos no estádio diziam isso e lembravam coisas que eu tinha feito, das quais já não tinha ideia. Até os jogadores me agradeceram e disseram que devia vir mais vezes. Foi bom, lutaram muito, não se inferiorizaram nunca, tiveram calma e estiveram muito concentrados. Fizeram um grande jogo. Fui muito feliz e sai ainda mais feliz do jogo», confessa o carismático Serifo, na memória coletiva leceira pelo que fez de 1986 a 2004, o único jogador que viveu por dentro todas as subidas até à 1.ª Divisão e se estabeleceu como figura da equipa na divisão maior.

E até recordou o agora treinador do FC Porto: «O mais rebelde talvez mesmo o Sérgio Conceição, que ficou um grande amigo. Mas, primeiro, há um episódio como adversários num Penafiel-Leça. Fomos lá e ganhámos por 2-0, eu marquei os dois golos. No segundo finto vários adversários e marco. Mas fiquei pelo chão tocado. Ele aproxima-se de mim e começa a chamar-me nomes. Já não sabia perder. Mas não liguei nenhuma. No ano seguinte ele vem para o Leça e no primeiro treino vem ter comigo e diz ‘esquece aquilo, que foi no calor do jogo’. E nasceu logo uma amizade enorme, éramos praticamente irmãos. Não pensei que fosse dar treinador pelo temperamento. Mas já como jogador, além de um fenómeno, trabalhava muito, fisicamente era sempre dos melhores. É um orgulho vê-lo no topo. Quem critica é só porque não o conhece. Ele é uma pessoa fantástica e muito humilde.»

A Bola

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