SELEÇÃO NACIONAL

CATIO BALDÉ «POSSIBILIDADE DE YAZALDE, VASCO FERNANDES, ELISEU CASSAMÁ E GERSO FERNANDES CHEGAREM À SELEÇÃO PRINCIPAL DE PORTUGAL É DE 0%”»

O Diretor Executivo da seleção nacional de futebol afirmou esta quinta-feira, 29 de dezembro, que a possibilidade de os jogadores Yazalde, Vasco Fernandes, Eliseu Cassamá e Gerso Fernandes chegarem à seleção principal de Portugal é de zero por cento.
Catio Baldé sublinha, contudo, que da seleção nacional de futebol conta com seus melhores jogadores para o CAN-2017.
Na conversa com os jornalistas na quinta-feira, num dos hotéis da capital, Catio Baldé, justificou a ausência de alguns jogadores na lista dos convocados por vários motivos.
“Yazalde Pinto, Eliseu Cassamá (Rio-Ave), Gerso Fernandes (Belenenses), Vasco Fernandes (V. Setúbal) rejeitaram a convocatória, Carlos Embalo-Abna (Palermo) não pode estar por dificuldades em conseguir dispensa do seu clube. Jânio Biguel que joga no NEC da primeira liga Holandesa remeteu-nos ao seu empresário que recusou o convite” detalhou.
Em relação ao Yazalde e Eliseu Cassamá, diretor executivo explicou que os dois jogadores estavam disponíveis e tinham dado luz verde à equipa técnica, mas na última da hora enviaram mensagens a informar que não estarão disponíveis.
Catio Baldé informou ainda que o avançado Amido Baldé foi descartado devido a uma cirurgia a que foi submetido na face.
Questionado pelos jornalistas da ausência do Ansu Seidi Fati nos pré-convocados da seleção nacional de futebol da Guiné-Bissau, o dirigente foi específico e sublinha que é de domínio público que o jogador conta atualmente com um processo judicial, em Portugal, por seu alegado envolvimento em casos ligados à manipulação dos resultados desportivos.
“Temos alguns atletas descartados por causa da estratégia da equipa técnica, por exemplo, Edilino Ié (Sp. Braga B) e Mesca (AEL Limassol-Chipre) que foram sacrificados em detrimento dos outros atletas mais experimentados nestas andanças” frisou.
Catio Baldé fez a questão de esclarecer a chamada de Tomas Dabó, um atleta que nesta época desportiva não realizou ainda nenhum jogo pela sua equipa, Arouca.
“Reparem, tínhamos no plano, dois jogadores naquela posição (defesa direito) e a nossa primeira opção era Mama Baldé, jovem versátil que atualmente defende as cores do Sporting B, mas ele lesionou-se no último jogo do campeonato. Fomos buscar Eliseu ao Rio-Ave e este simplesmente não quis fazer parte desta seleção”, assinalou Catio Baldé.
“Precisávamos de colmatar aquele vazio e na escolha calhou-nos o nome de Tomas que parecia mais maduro em termos de experiência tendo em conta o trabalho desenvolvido em todas as camadas da seleção Portuguesa”, justifica.
Bruma, Carlos Mané e Edgar Ye eram tidos como umas das grandes esperanças dos guineenses para o CAN Gabão 2017, mas Catio Baldé deixou claro que apesar de serem dos mais destacados jogadores da Guiné-Bissau na Europa, a possibilidade de representarem outras seleções europeias é inegável, sobretudo a seleção portuguesa.
Contudo, o dirigente desportivo e igualmente empresário de futebol acredita que ainda é tempo de todos eles um dia representarem as cores nacionais, porque são jovens.
“Se me perguntassem qual é a chance de Yazalde, Vasco Fernandes, Eliseu Cassamá e Gerso Fernandes chegarem à seleção principal de Portugal diria claramente 0%”, afirmou o dirigente.
O caso Sami, que havia sido castigado nos últimos jogos da Guiné-Bissau, voltou a ser abordado pela equipa técnica.
Sobre o assunto, Catio Baldé confirmou que está totalmente resolvido e que o jogador pediu desculpas ao treinador Baciro Candé por telefone, de Turquia a Portugal, e avança ainda que na quinta-feira, 29 de dezembro, numa reunião, fez o mesmo com resto dos colegas da equipa.
“Na mesma situação tínhamos Sana e Eridson com casos disciplinares, mas graças a Deus fizemos esforços para que sejam resolvidos”, disse e sublinha, no entanto, que Sana continua a ser jogador muito especial pelo país.
Quanto ao Ibraima Sow, médio que teve regularidade em todas as partidas da seleção nacional, mas, que também ficou de fora por decisões políticas, Catio Baldé destaca a essa possibilidade e acrescenta que não tinha conhecimento.
Todavia, admite ter conversado com Baciro Candé a respeito do assunto e ter recebido explicações detalhadas do que teria acontecido, em Bissau, mas na sua observação, tal situação não teve reflexos na ausência do jogador, porque não tem nada a ver com a forma de trabalho da equipa técnica.
“Se a equipa achar que ele está em condições de representar o país garanto-vos que nada pode influenciar de contrário”, assegura.
A seleção nacional realizou o seu primeiro treino na quinta-feira, no Estádio Nacional 24 de Setembro.
Piquete Djassi é único a trabalhar condicionalmente do resto do plantel devido a uma pequena lesão consentida, em Portugal, mas que, no entanto, está a ser avaliada devidamente pela equipa médica da seleção nacional de futebol.

Por: Mamadú Lamine Marna

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